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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

18.—ARTEFATOS CULTURAIS PARA APRENDER


ANO
 10
LIVRARIA VIRTUAL  em www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 3138

Fevereiro, já em sua segunda metade, é no hemisfério Sul, o mês de volta às aulas. Este fevereiro bissexto de 2016 não é diferente. Da educação infantil à pós-graduação há uma azáfama de novo ano letivo, marcada por novos materiais. Não sei se o ‘caderno novo’ ainda é ícone deste recomeçar. Mas, já foi...
Proponho nesta e nas duas próximas blogadas (dias 21 e 24) fazer edições temáticas acerca do binômio escritaDleitura. Espero ter a adesão de minhas leitoras e meus leitores.
Para adquirimos qualquer conhecimento precisamos de artefatos culturais que são postos a nossa disposição. Uma ferramenta pode ou não ser adequada para determinada ação. É mais adequado (des)parafusar com uma chave de fenda do que com um martelo. Mas uma chave de fenda não é a mais adequada ferramenta para cortar uma folha de papel. Talvez, nessa situação nossa tarefa seja facilitada com uma tesoura.
Em nossa civilização um dos recursos mais usado para aprendermos é a leitura. Quando um ancestral nosso fez uma fabulosa descoberta: usar uma vara para apanhar um fruto mais alto em uma árvore ou quando um bebê, na altura de seu primeiro aniversário, começa a caminhar, um ou outro não leram um manual. Talvez, a observação, nas duas situações, tenha sido fundamental. Mas, na primeira situação ‘um manual de instrução’ quando composto por um desenho rupestre onde apareça uma árvore com frutos ao alto, e junto desta uma vara sendo empunhada por um ser humano poderia ter servido para transmitir um saber.
Hoje temos a Escola como um aparelho cultural para fazermos aprendizagens. Há já uma gama de conhecimentos que foram aprendidos por nossa civilização, muitos dos quais usando a observação. Vamos à Escola para produzir conhecimentos, mas para não reinventar a roda (seria maravilhosos se estudantes, em uma aula de Ciências, reinventassem a roda!) aprendemos conhecimentos que foram produzidos antes. Para tal, não raro, lemos acerca de conhecimentos já descobertos.
Trago uma questão muito em voga: Por que, ainda, produzir livros (em suporte papel)? E respondo: para ler a escrita de conhecimentos já produzidos e, para então, produzir novos saberes.
No próximo domingo, dia 21, voltamos ao assunto. Referência acerca de nossa história dos objetos para escrever será assunto. Conto com companhia de cada uma e cada um.

5 comentários:

  1. Olá Professor, bom dia! Iniciei o meu 1° ano letivo como Professor de Química e logo me deparei com o desafio de trabalhar na EJA aqui em Manaus-AM. Tenho me dedicado a trabalha com os estudantes (e comigo mesmo através também de um blog) o binômio leitura-escrita e o seu texto reforça minhas concepções. Aguardo ansioso a próxima postagem. Abraço!

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    1. Salve, Mauro!
      Alegra-me que o "tríduo volta às aulas" possa contribuir para tua estreia em teu primeiro ano letivo.
      A admiração e disponibilidade parceira de quem começa seu 56o ano letivo, enquanto professor.
      A estima do
      attico chassot

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  2. Ave Magister
    A escola "perinde ac cadaver" ainda triunfa numa era em que se deveria reinventar rodas e redescobrir fogos a cada instante. Ciência normal leva à estagnação. Somente quem desrespeita as regras chega a algum lugar.
    Abraços anarquistas rupestres

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  3. Assim como a leitura é fundamental, penso que a INTERPRETAÇÃO se coloca como o grande desafio como um segundo passo internamente ao processo de leitura. Poucos que são fluentes neste quesito. Faz-se necessário interpretar no sentido de se buscar esclarecimento, o que leva à emancipação dos sujeitos (Adorno). Quanto ao suporte papel: Nada o substituirá. Grande abraço, mestre.

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  4. Ola mestre boa tarde, Eu prefiro ler livros impressos por me dar mais atenção na leitura e também gosto muito de ler livros virtuais e ler jornais porque muitas vezes um celular Smartphone ou notebook são fundamentais para a sociedade tô ate acostumada com a leitura digital entretanto eu prefiro impresso, me ajuda mais .

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