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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

12— Desde JI-PARANÁ


ANO
 10
LIVRARIA VIRTUAL em www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 3102

Estou desde ontem, quarta-feira, em Ji-Paraná em Rondônia, acolhido queridanente por antigos e novos colegas. Minha viagem foi Porto Alegre/ Curitiba / Londrina / Cacoal de onde fiz por terra 120 Km para chegar ao meu destino, doze horas após deixar a minha casa. À noite (aqui: 20h / Cuiabá: 21h / Porto Alegre: 22h), depois dos atos formais de abertura do IV Seminário do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID que tem como tema: "Construindo Saberes para a Prática da Docência" no IF-RO, proferi, para um auditório atento e lotado, a palestra Das Disciplinas a Indisciplina. Algo inédito: em momento olho no meu relógio e vejo que já é quase 1h (aqui: quase 23h) da madrugada de quinta. Nunca virara um dia (pelo meu relógio biológico) dando palestra. Outra originalidade: após a palestra, com todo o calor o convite para tomar caldo (quente) com cerveja.

Hoje à noite, tenho um minicurso Saberes Primevos fazendo-se Saberes Escolares e à tarde, faço a palestra, fora do evento, Assestando óculos para olhar o mundo na Universidade Federal de Rondônia. Na sexta uma extensa volta, que incluirá uma escala em Vilhena.
Ji-Paraná, fundada e emancipada em 22 de novembro de 1977, (com seus quase 38 anos, é como cidade um pouco mais nova que Sinop, onde estive há duas semanas). Com população de mais de 120 mil habitantes, é o segundo município mais populoso de Rondônia e a 113ª cidade mais populosa cidade do interior brasileiro.
O nome do município é de origem tupi, significando "grande rio dos machados", através da junção de yî (machado) e paranã (mar, grande rio). É uma alusão ao grande número de pedras que se parecem com machados indígenas. A cidade também é conhecida por "Coração de Rondônia", devido à localização da cidade na região central do estado e à presença de uma ilha com o formato que lembra um coração, localizada na confluência dos rios Machado e Urupá.
É a minha primeira vez em Ji-Paraná, mas não em Rondônia. Em 2005 voltei a Rondônia (então dei palestras em Porto Velho e Ariquemes) depois de trinta anos. Estive no então Território Federal (Rondônia passou a categoria de Estado em 1986) de 6 de janeiro a 6 de fevereiro de 1975. Então participei como professor de Química no Curso de Licenciatura de 1º Grau, que a UFRGS mantinha no seu Campus Avançado de Porto Velho. Essa atividade era parte do Projeto Rondon – iniciativa do governo brasileiro, coordenada pelo Ministério da Defesa, em colaboração com a Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação – MEC. Criado em 11 de julho de 1967, durante a ditadura militar, o Projeto Rondon tinha como objetivo promover o contato de estudantes universitários voluntários com o interior do país, através da realização de atividades assistenciais em comunidades carentes e isoladas. Recordo, por exemplo, que várias universidades mantinham campi em áreas de fronteira e também carentes em ensino superior. Assim a PUC-RS tinha em Taguatinga, Amazonas e a UFSM em Boa Vista, Roraima.
Foram dias memoráveis. Lamentavelmente, então, eu não fazia diário, como hoje, e não tenho como trazer evocações mais detalhadas. Sei que tive um caderno de apontamentos, mas este e as cartas que enviei para os meus familiares não foram localizados. Recordo que fiz um texto que foi publicado em algum órgão da UFRGS. Então não havia os arquivos eletrônicos como hoje. Encontrei apenas uma página de relatório das aulas e nada mais. Assim, hoje me faço memorista no sentido pleno.
Houve um grupo com cerca de duas dezenas de professores selecionados pela UFRGS para lecionar, em diferentes etapas em um curso de Licenciatura para diferentes áreas. Eu fui escolhido para lecionar Química. Lembro de poucos nomes que estavam na mesma etapa que eu: Cícero Marcos Teixeira(que me escolheu para ficar no mesmo quarto que ele, pois não fumávamos), Airton Negrine, Arines Ibias, Arlene Bohn e Luiz Oswaldo Calvete Correa. Recordo outros nomes, mas não os menciono, pois não tenho certeza. A assessora pedagógica era a professora Norma de Lúcia Ferreira e o coordenador do Campus era o professor Carlos Miranda Garcia. Recordo que houve algumas reuniões preparatórias em Porto Alegre.
É salutar estar na Amazônia mais uma vez. Por tal, votos de uma bom dia a cada uma e cada um. 

2 comentários:

  1. Incrível. O mestre vive na prática algo que se encontrava no imaginário quando criança: esta em muitos lugares. Um verdadeiro privilégio. Grande abraço.

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  2. Incrível. O mestre vive na prática algo que se encontrava no imaginário quando criança: esta em muitos lugares. Um verdadeiro privilégio. Grande abraço.

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