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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

27.— COMO DEVE SER A EDUCAÇÃO EM 2020


ANO
 8
www.professorchassot.pro.br

EDIÇÃO
 2696
                                              

Dois registros antes do assunto que se faz manchete:
O primeiro, muito lutuoso: soube ontem que a professora Doutora Mariluce Bittar, 54 anos, faleceu na tarde terça-feira (18) na cidade de Campo Grande (MS). Ela estava em coma há oito dias, vítima de um câncer no cérebro. A Mariluce era professora da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), em Campo Grande. Fomos colegas muito parceiros como membros do Fórum de Coordenadores de Programas de Pós Graduação em Educação, ela pela UCDB e eu pela UNISINOS. Mais de uma vez a seu convite estive em Campo Grande. A notícia me fez triste.
O segundo, participo esta manhã da defesa da dissertação de mestrado de Cleonice Maria Silveira Dias, que no Mestrado Profissional de Reabilitação e Inclusão do Centro Universitário Metodista do IPA a presenta a pesquisa: A segurança dos alimentos no supermercado: uma prática de inclusão. O trabalho é orientado pela Prof. Dra. Marlis Morosini Polidori. Tive o privilégio de ler acerca de tema que pouco conheço.
Eu e milhares de educadores de vários países ibero-americanos, recebemos ontem, da Fundación Telefónica da Espanha o resultado daquilo que a megaempresa de telefonia encontrou como resposta ao desafio de responder a questão: como deve ser a Educação em 2020.
Para buscar esta resposta, muitos de nós nos envolvemos em debates abertos, através de atividades na rede internética e eventos presenciais em 9 países diferentes (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, México, Peru e Venezuela).
As discussões foram dirigidas por numerosos especialistas internacionais e aberta à comunidade educativa para debater durante 18 meses em 2012 e 2013. Depois de 200 aulas virtuais, com mais de 50.000 professores em 9 países, 70 eventos ao vivo, com mais de 9.000 participantes, e as contribuições de 300 palestrantes internacionais, foram extraídas 20 chaves que foram consideradas fundamentais para o sucesso na Educação dos próximos tempos.
Acerca da trazida deste assunto, aqui e agora, dois comentários preambulares: um, não tenho condições de avaliar o processo, pois minha participação foi de um olheiro curioso muito eventual, que acompanhou, sem muito palpitar, alguns debates; outro, o produto final é extenso e muito significativo. Pode ser apreciado em http://www.fundacion.telefonica.com/es/arte_cultura/publicaciones, em versões em espanhol, inglês e português.
Um e outro destes comentários, também querem significar que eu não estou aderindo, in totum, a proposta que uma grande empresa dizer dizer como deve ser a Educação, até porque ela envolveu centenas de educadores com expertise.
Assim, selecionei, depois de uma vista d’olhos no material disponibilizado ontem, algumas afirmações que me parecem pertinentes. Perdoem-me antes a falta de modéstia, mas muitos pontos já tenho antecipado há muito tempo, em minhas falas.
“Temos que acabar com o estereótipo que supõe que todos os jovens na faixa dos 15 anos compartilham, de modo homogêneo, os atributos de “nativos digitais”. E é fundamental acabar com a confusão de que os docentes não têm nada a ensinar aos aprendizes do novo milênio e que só lhes restam aprender deles (Francesc Pedró).
"Formar cidadãos para a sociedade dos novos séculos é um desafio que devemos assumir hoje. É importante formar pessoas críticas, conscientes das suas responsabilidades, empreendedoras e capazes de enfrentar a incerteza que gera a globalização." Mariana Carrillo Mosquera
O aprendizado não está nos conteúdos, mas sim nas interações que se produzem ao redor deles. O aprendizado em rede através de interações deve consistir em agregar, misturar e colocar em prática os conhecimentos para termos certeza de que funciona.
A construção do currículo que deverão consumir os novos perfis que demanda a sociedade deverá ser feita entre todos os agentes envolvidos em seu desenvolvimento. A sociedade e as escolas devem colaborar para adaptar a formação às demandas sociais do século XXI.
Há muitas propostas, onde a recomendação de sermos curiosos está presente de uma maneira muito continuada. Agora, quando muitos de nós se envolvem com um ano letivo, vale visitar o endereço indicado.

3 comentários:

  1. O curioso é observar que, apesar de ser um tema a muito discutido, pouca coisa muda na prática.

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  2. Muito estimado mestre Chassot,
    Solidário com sua tristeza pela perda da colega e amiga, preciso dizer que já me deliciei um pouco com a página indicada da Telefônica. Concordo com o Antônio Jorge Furtado, discute-se muito e apresenta-se muito pouco novo.
    Excelente blogada
    Michaela

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  3. Muito da pouca evolução sobre o debate em educação se deve ao fato de que esta serve, também, a interesses.

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