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terça-feira, 10 de abril de 2012

10.- O PROF. DR. GOOGLE (NÃO) SABE TUDO



Ano 6*** www.professorchassot.pro.br ***Edição 2078
Há um tempo, talvez, coincidindo com o inicio do novo milênio, o Prof. Dr. Google se tornou quase hegemônico no resolver nossas dúvidas. Aqui o título acadêmico se biparte. Ora ele é o médico que se trasveste de clínico geral ou de especialidades, muitas das quais até desconhecemos a existência. Em outras situações ele se faz um professor ‘sabe tudo’.
Hoje, em termos de consultas médicas, há um pré-requisito: temos que saber de que sofremos, para eleger o médico. Podemos estabelecer situação de diálogo semelhante com um profissional: “Doutor tenho um problema no ouvido direito!” “Realmente — após um exame preliminar — há algo no ouvido direito, vou te recomendar a um colega, pois sou especialista em ouvido esquerdo!”
Há muitos de nós que procuram médico pelo Lattes. E quando chegamos ao profissional, já somos quase especialistas em nosso ‘desconforto’ oferecendo ao médico nossos conhecimentos, que muitas vezes incluem artigos, ‘que provavelmente, o senhor não conheça...’
O doutor Google, com seus bilhões de pacientes, também faz (pré)diagnósticos ao recebermos resultados de exames bioquímicos. Isto permite que, ao levarmos os resultados ao profissional ‘real’ já possamos antecipar que “mesmo que pelos exames possa parecer que tenho síndrome de Feyerstein, que não sei se o senhor a estudou, posso lhe assegurar que não a tenho!”
Já o professor Google é realmente o melhor protótipo do sabe tudo. Ele é eficiente para nos socorrer em momentâneos esquecimentos (o nome do pintor do século 17, amigo de Leeuwenhoek, que morava em Delft, autor de ‘Menina do brinco de Pérola) ou a posição do IDH do Brasil, se comparado com os demais países da América Latina até sugerir qual a foto para colocar no blogue para mostrar a generosidade da Monsanto.
Mas, por que na manchete desta edição coloquei aquele ‘não’? Primeiro, porque aprendi nas minhas primeiras aulas de catecismo que somente Deus é onisciente (então, uma palavra muito mais difícil que onipotente e onipresente) estes, também atributos exclusivos do Todo Poderoso. O Prof. Dr. Google não é onipresente, pois quando não há WiFi ele também desaparece.
O assunto mereceu trazida aqui, pois no recesso pascoal, a Gelsa e eu, de uma maneira continuada, arguimos o Prof. Google e ele não soube responder a uma pergunta, aparentemente trivial: Em que ano, a ecografia, tirou a surpresa de sabermos o sexo dos nascituros?
Buscamos várias alternativas para sabermos informação pertinente. Não tivemos resposta.
Aprendemos acerca de ecografia desde as primeiras experiências com radiações por Becquerel e Curie até o uso muito recente de técnicas de ultrassom para a produção de modelos de fetos tridimensionais para que pessoas com deficiências visuais possam conhecer a cerca de formas do gestado.
Quando comento com meus alunos, em sala de aula acerca de como a Ciência e a Tecnologia mudaram hábitos de maneiras bastante radicais, refiro-me que a maioria deles ao nascer, diferente de seus pais, tiveram seu sexo conhecido durante a gestação.
A razão de nossa curiosidade era familiar. A Gelsa e eu, de nossos filhos e filhas, mesmo as mais jovens, nascidas no início da década de 80, só soubemos o sexo, no dia do nascimento, diferentemente de nossos netos. Acresça-se que, agora, há outras tecnologias e também há especulações acerca de sua antecipação. Mas, mesmo hoje, na altura da 15ª semana ainda se possa receber informações do tipo: ‘há 80 por cento de probabilidade de ser menino.’
Uma breve pesquisa não internética (isto ainda existe!) aponta para o ano de 1987. Assim, ante ao nosso não encontro de uma data, se aceita informações mais precisas, que parecem desconhecidas pelo Google: Em que ano, a ecografia, no Brasil e no exterior, tirou a surpresa do sexo dos nascituros?

2 comentários:

  1. Caro Chassot,
    não sabe mesmo e ainda que seja muito eficiente nas pesquisas, precisamos reconhecer que o Google é "sabidão", mas não tem a sabedoria de quem já enfrentou situações adversas e teve que reverter crises com urgência e sem a possibilidade de consultar a internet ou qualquer literatura. Ainda é preferível um médico(a) que além do conhecimento tenha a sabedoria da experiência, como aquela do Prof. Attico que soube procurar fora da internet, a resposta para a história da ecografia.
    Um abraço,

    Garin

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  2. Caro Chassot,
    O Google é a Enciclopédia Britânica da geração internética, com a vantagem de ser mais fácil de consultar e a desvantagem de necessitar de equipamento eletrônico para tal. Como neste Planeta não existe almoço grátis, é claro de ele também contém falhas. Abraços informáticos, jAIR.

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