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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

17.- ¿Quais as percepções de Ciência?



Porto Alegre * Ano 5 # 1628

O domingo foi maravilhoso na serra. Deixamos o Hotel Piemonte após o café. Algumas circuladas de despedidas por Antonio Prado. Uma vez mais seu casario centenário nos vez evocar o passado. As cenas de ‘O Quatrilho’ pareciam se repetir na manhã ensolarada.

Depois iniciamos o retorno pela RS-122 com destino a Flores da Cunha e depois Caxias do Sul – até aqui o inverso do que fizéramos na sexta-feira – então tomamos a direção de Farroupilha e depois tomamos a RST-470, em direção a Bento Gonçalves, nos encantando com a paisagem, onde em meio a extensões de mata nativa que cobrem a serra escarpada víamos extensos parreirais e viçosas plantações de milho.

A cinco quilômetros de Bento tomamos a RS-444 – a Estrada do Vinho – para percorrer o Vale dos Vinhedos, onde além de continuar nos emocionando com o panorama, nos reencontramos com amigos como o Luís – que nos contou do progresso da vinícola – e a professora Mara, discorrendo sobre a história do vinho. Recordamos as nossas muitas estadas em uma das regiões mais bonita e próspera do Rio Grande do Sul.

Já na meia tarde retornamos a Porto Alegre fazendo os 120 km que tínhamos a percorrer. Valeu esse fim de semana serrano que inaugurou as férias.

Agora, uma segunda-feira de novo na Morada dos Afagos e em férias... Mas fazendo tradição, esse blogue não faz férias. Vou tentar estar aqui a cada dia, mesmo que prepare edições mais curtas e eleja assuntos continuados, para facilitar o que é mais crucial na mantença (acho que é a primeira vez que escrevo esta palavra!) de um blogue diário: O que vou tratar hoje?

Na última terça feira, dia 11, trouxe aqui uma pesquisa do MCT (Ministério de Ciência e Tecnologia) acerca das concepções de cientista e Ciência. Depois do resumo apresentado então, tive acesso a análises mais completos da mesma pesquisa. Assim, hoje e nos dois próximos dias vou oferecer a meus leitores matéria assinada por Fábio de Castro da Agência FAPESP.

O interesse da população brasileira pela ciência aumentou consideravelmente nos últimos quatro anos. A conclusão é da pesquisa “Percepção Pública da Ciência e Tecnologia”, realizada no fim de 2010 com mais de 2 mil pessoas em todo o país e divulgada nesta segunda-feira (10/1) pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

Em pesquisa anterior, realizada em 2006, o número de interessados ou muito interessados em ciência era de 41% dos brasileiros. O percentual subiu, em 2010, para 65%.

De acordo com o coordenador do estudo, Ildeu de Castro Moreira, os resultados – que em breve serão publicados no site do MCT – não apenas revelam um interesse crescente, mas apontam também que a população brasileira tem uma percepção cada vez mais madura a respeito da ciência.
“Os resultados mostram que a população brasileira confia no cientista, acredita que a pesquisa é fundamental, apoia o aumento de recursos para o setor e acha que a ciência traz benefícios para sua vida. Por outro lado, as opiniões não são desprovidas de crítica: há uma consciência dos perigos e limites éticos existentes. Concluímos que a população brasileira tem uma percepção social bastante madura da ciência”, disse Moreira.

O estudo envolveu 2016 pessoas, que responderam questionários semelhantes aos utilizados na versão de 2006. As entrevistas foram estratificadas quanto a sexo, idade, escolaridade, renda e região de moradia. A margem de erro, segundo Moreira, é de 2%.

“Esse tipo de estudo é importante porque nos traz informações sobre a visão e as atitudes do brasileiro em relação ao assunto. Ele identifica também carências e lacunas. Esses dados podem nos fornecer subsídios para políticas públicas”, afirmou.

Antes da pesquisa de 2006, apenas um estudo sobre percepção pública da ciência havia sido realizado em âmbito nacional, em menor escala, em 1987, de acordo com Moreira.

“Esperamos que dentro de quatro anos tenhamos uma série histórica que nos permita fazer comparações ao longo do tempo”, afirmou. Segundo ele, os resultados serão publicados em livro pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), permitindo comparações com o estudo de 2006.

Em São Paulo, os trabalhos de percepção pública da ciência tiveram início em 2003, em uma pesquisa pioneira e internacional, conduzida pela FAPESP, pela Rede Iberoamericana de Ciência e Tecnologia (Ricyt), da Argentina e pela Organização dos Estados Iberoamericanos (OEI). Os dados deram base para um capítulo contido nos Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo – 2004, publicado pela FAPESP.

Com votos de uma boa segunda-feira. Amanhã, continuaremos olhar as percepções de Ciências.

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